As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.
Vítor Andrade | 21:37 Sábado, 31 de janeiro de 2015
Alqueva está a bater recordes mundiais de produtividade por hectare, pelo menos em oito categorias de produtos.
Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna rendem, em certos casos, três vezes mais que no resto do mundo, em termos médios, se forem produzidos em Alqueva.
O Expresso cruzou dados do INE e da FAO (Nações Unidas) com a informação da EDIA, que gere o regadio de Alqueva - e também com testemunhos de alguns produtores - e o resultado é surpreendente: média de 14 toneladas de milho/hectare contra 5,5 toneladas a nível mundial. 100 toneladas de tomate contra 33,6 toneladas para o resto do mundo ou ainda 30 toneladas de uva de mesa em comparação com 9,6 toneladas a nível global.
A fama de Alqueva ultrapassou há muito fronteiras e há já investimentos de oito nacionalidades, desde a África do Sul a Marrocos, passando pela França, Itália e Escócia. Espanha lidera claramente entre os vários países que estão a investir no Alentejo. Atualmente de Alqueva sai cebola para a Mc Donalds ou amendoim para a PepsiCo, para além de uvas sem grainha com destino a várias cadeias de distribuição britânicas e de outros países do norte da Europa.
Ainda esta semana, numa feira agrícola em Don Benito, na Extremadura espanhola, a EDIA foi abordada por um banco do país vizinho pedindo informações sobre as disponibilidades de terra na área do regadio, com o objetivo de aconselhar clientes seus a investir em Alqueva.
O que diferencia Alqueva de muitas outras zonas agrícolas na Europa, mas também de outras noutros cantos do planeta são sobretudo três fatores: uma terra praticamente virgem, livre de químicos e de fungos, pois durante muitos anos apenas recebeu cereais de sequeiro; abundância de água para regar quando as plantas mais precisam (ou seja, na primavera e no verão) e, não menos importante, uma exposição solar prolongada, o que acaba por ter um efeito multiplicador na fotossíntese das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos mais saborosos.
Mas há ainda uma grande vantagem comparativa. É que, mesmo em relação a outras zonas do país, Alqueva permite ter produtos nos mercados abastecedores duas a três semanas antes de toda a concorrência. E se a comparação for feita com outros países europeus a vantagem aumenta à medida que se caminha para norte. De Espanha para cima, muitos dos produtos são obtidos em estufas, com climatização artificial, ou seja, com custos energéticos acrescidos considerados avultadíssimos, o que acaba por se refletir no preço final ao consumidor.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/alqueva-bate-recordes-mundiais-de-produtividade-por-hectare=f908819#ixzz3QWMqK43I
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Riscos da nova PAC
Organizações ambientalistas alertaram hoje para os riscos da nova Política Agrícola Comum (PAC) para os recursos naturais e a sustentabilidade da Europa e defenderam que devem ser produzidos bens de qualidade, mas sem destruir o ambiente.
terça-feira, 2 de abril de 2013
sábado, 30 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
domingo, 30 de dezembro de 2012
A pegada da seca nos EUA

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Vamos falar de solos
This animated film tells the reality of soil resources around the world, covering the issues of degradation, urbanization, land grabbing and overexploitation; the film offers options to make the way we manage our soils more sustainable.
domingo, 25 de novembro de 2012
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
Mudanças na dieta dos chineses
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
O mais e o menos do Portugal agrícola
Público 20110308
Factor humano é uma das maiores limitações
Os pontos fortes
Factor humano é uma das maiores limitações
Os pontos fortes
O sector leiteiro Portugal não só é capaz de produzir o leite que consome como ainda dispõe de uma ligeira margem para exportar. Mais: num sector aberto ao investimento estrangeiro, as marcas nacionais continuam a dominar o mercado. O sucesso do sector resulta em grande parte do trabalho da rede de cooperativas do Norte e do Centro do país que se uniram para criar o gigante Lactogal. A concorrência e a procura da eficiência afastaram dezenas de milhar de pequenos produtores do negócio e, nos dias de hoje, a redução dos preços está a causar ameaças aos que restam. Mas, numa área difícil, a agricultura nacional saiu-se bem.
Azeite É talvez o mais fulgurante caso de sucesso dos últimos anos. Por volta de 1960, a produção de azeite foi ameaçada pelos incentivos políticos concedidos aos óleos vegetais. Quando entrou na CEE, Portugal importava mais de três quartos das suas necessidades, embora reexportasse uma parte. A cultura caiu no esquecimento, mas uma série de investimentos espanhóis, nota Sevinate Pinto, "ensinou-nos como se faz". Ainda que tenhamos de comprar quase metade das nossas necessidades, na última década fez-se o maior olival do mundo, a área cresceu 10 mil hectares entre 2005 e 2009 e quando os jovens olivais entrarem em produção Portugal pode ficar perto da auto-suficiência.
Frutas e legumes Há anos que se anunciava o potencial nacional para as frutas e legumes e agora esse potencial começa a dar frutos. No ano passado, as exportações do sector ficaram quase 200 milhões de euros acima das do vinho. Sem alarido, nas zonas do Oeste ou no vale do Mira, jovens empresários, voltados para o mercado e abertos à exportação começaram a tornar o sector num caso sério. Portugal é excedentário em legumes, mas, apesar do lento salto na produção de fruta, ainda depende em 35 por cento do que consome do exterior. O país está ainda a ganhar fôlego em novas produções, com o destaque para o kiwi.
Vinhos Os vinhos portugueses ganham cada vez mais prémios internacionais, mas, se não fosse a expressão do vinho do Porto, que vale quase metade dos 594 milhões de euros exportados em 2009, o desempenho externo do sector seria duvidoso. Ainda assim, a viticultura e a enologia deram saltos para níveis internacionais, há empresas com músculo (a Sogrape tem propriedades na Argentina e na Nova Zelândia) e mercados que começam a ficar consolidados, como o do Brasil ou de Angola. No ano passado, as exportações cresceram 17 por cento.
Os pontos fracos
Cereais Em 1990, a agricultura produziu 44,2 por cento das necessidades de consumo de cereais; em 2008, já só respondia por 25,3 por cento. Durante os primeiros anos da PAC, os preços altos ou os subsídios foram mantendo o nível produtivo; quando, depois de 2005, as ajudas da PAC começaram a ser pagas sem qualquer ligação às sementeiras ou às colheitas, os agricultores fizeram as contas e concluíram que a venda de grão não dava em muitos casos para compensar os gastos com adubos ou mão-de-obra. Metade da área foi retirada da produção e em muitos casos transferida para pastagens, nota António Serrano. As condições do solo e do clima nacionais não tornam a produção competitiva.
PAC A arquitectura da PAC foi feita a pensar no Norte da Europa e não no Mediterrâneo. Por exemplo, os cereais ou a carne bovina são altamente subsidiados, mas as frutas e os legumes não. E como o valor dos subsídios se associa aos índices históricos de produtividade, uma agricultura atrasada como a nacional ficou condenada a ser uma espécie de parente pobre . Depois de 2005, a PAC mudou e cristalizou este modelo, concedendo um "pagamento único" por exploração com base nesses índices. Ao permitir que o agricultor escolha o que fazer nas terras, promoveu o abandono de áreas menos competitivas. A nova PAC, prevista para 2013, corrigirá esta situação.
Perfil dos agricultores Há 30 anos, um milhão de portugueses trabalhava na agricultura (nem todos a full-time); em 2009, resistiam 540 mil. Quem ficou? Os mais velhos. Quase 45 por cento têm mais de 65 anos. Nem um por cento tem formação agrícola completa, contra 8,7 por cento da média europeia. Alguns, poucos, lideram empresas, que representam dois por cento das explorações. Não há um retrato padrão dos agricultores, mas sabe-se que, na maior parte dos casos, estão longe de ser capazes de responder à competição actual.
Manuel Carvalho
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Reportagem: sabe que pode estar a comer veneno?
Entre o dia 24 de Maio e hoje morreram na Europa 47 pessoas, e milhares foram hospitalizadas, por causa da bactéria e-coli.
A segurança alimentar é uma preocupação decididamente actual e legítima. As substâncias químicas invadiram o nosso quotidiano, a nossa alimentação. E estão na origem de muitas doenças nem sempre espectaculares.
A comida que consumimos contém, hoje, inúmeros ingredientes perigosos para a saúde. Fomos ver como é, nas hortas à beira das estradas, na agricultura intensiva, nas mercearias de bairro e nos hipermercados. Mandámos analisar dezenas de alimentos e os resultados são surpreendentes.
Veja a reportagem «O Veneno Nosso De Cada Dia», um trabalho do jornalista Rui Araújo, com imagem de Rui Pereira, montagem de Carlos Lopes e grafismo de David Pinto.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Converter água em carne vermelha
A produção de carne vermelha tem uma procura significativa de água, com impactos sobre a qualidade.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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