http://bloncourtblog.net/2014/07/l-immigration-portugaise.html
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domingo, 15 de fevereiro de 2015
Emigração portuguesa nos anos 60
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domingo, 1 de fevereiro de 2015
Alqueva bate recordes mundiais de produtividade por hectare
As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.
Vítor Andrade | 21:37 Sábado, 31 de janeiro de 2015
Alqueva está a bater recordes mundiais de produtividade por hectare, pelo menos em oito categorias de produtos.
Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna rendem, em certos casos, três vezes mais que no resto do mundo, em termos médios, se forem produzidos em Alqueva.
O Expresso cruzou dados do INE e da FAO (Nações Unidas) com a informação da EDIA, que gere o regadio de Alqueva - e também com testemunhos de alguns produtores - e o resultado é surpreendente: média de 14 toneladas de milho/hectare contra 5,5 toneladas a nível mundial. 100 toneladas de tomate contra 33,6 toneladas para o resto do mundo ou ainda 30 toneladas de uva de mesa em comparação com 9,6 toneladas a nível global.
A fama de Alqueva ultrapassou há muito fronteiras e há já investimentos de oito nacionalidades, desde a África do Sul a Marrocos, passando pela França, Itália e Escócia. Espanha lidera claramente entre os vários países que estão a investir no Alentejo. Atualmente de Alqueva sai cebola para a Mc Donalds ou amendoim para a PepsiCo, para além de uvas sem grainha com destino a várias cadeias de distribuição britânicas e de outros países do norte da Europa.
Ainda esta semana, numa feira agrícola em Don Benito, na Extremadura espanhola, a EDIA foi abordada por um banco do país vizinho pedindo informações sobre as disponibilidades de terra na área do regadio, com o objetivo de aconselhar clientes seus a investir em Alqueva.
O que diferencia Alqueva de muitas outras zonas agrícolas na Europa, mas também de outras noutros cantos do planeta são sobretudo três fatores: uma terra praticamente virgem, livre de químicos e de fungos, pois durante muitos anos apenas recebeu cereais de sequeiro; abundância de água para regar quando as plantas mais precisam (ou seja, na primavera e no verão) e, não menos importante, uma exposição solar prolongada, o que acaba por ter um efeito multiplicador na fotossíntese das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos mais saborosos.
Mas há ainda uma grande vantagem comparativa. É que, mesmo em relação a outras zonas do país, Alqueva permite ter produtos nos mercados abastecedores duas a três semanas antes de toda a concorrência. E se a comparação for feita com outros países europeus a vantagem aumenta à medida que se caminha para norte. De Espanha para cima, muitos dos produtos são obtidos em estufas, com climatização artificial, ou seja, com custos energéticos acrescidos considerados avultadíssimos, o que acaba por se refletir no preço final ao consumidor.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/alqueva-bate-recordes-mundiais-de-produtividade-por-hectare=f908819#ixzz3QWMqK43I
Vítor Andrade | 21:37 Sábado, 31 de janeiro de 2015
Alqueva está a bater recordes mundiais de produtividade por hectare, pelo menos em oito categorias de produtos.
Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna rendem, em certos casos, três vezes mais que no resto do mundo, em termos médios, se forem produzidos em Alqueva.
O Expresso cruzou dados do INE e da FAO (Nações Unidas) com a informação da EDIA, que gere o regadio de Alqueva - e também com testemunhos de alguns produtores - e o resultado é surpreendente: média de 14 toneladas de milho/hectare contra 5,5 toneladas a nível mundial. 100 toneladas de tomate contra 33,6 toneladas para o resto do mundo ou ainda 30 toneladas de uva de mesa em comparação com 9,6 toneladas a nível global.
A fama de Alqueva ultrapassou há muito fronteiras e há já investimentos de oito nacionalidades, desde a África do Sul a Marrocos, passando pela França, Itália e Escócia. Espanha lidera claramente entre os vários países que estão a investir no Alentejo. Atualmente de Alqueva sai cebola para a Mc Donalds ou amendoim para a PepsiCo, para além de uvas sem grainha com destino a várias cadeias de distribuição britânicas e de outros países do norte da Europa.
Ainda esta semana, numa feira agrícola em Don Benito, na Extremadura espanhola, a EDIA foi abordada por um banco do país vizinho pedindo informações sobre as disponibilidades de terra na área do regadio, com o objetivo de aconselhar clientes seus a investir em Alqueva.
O que diferencia Alqueva de muitas outras zonas agrícolas na Europa, mas também de outras noutros cantos do planeta são sobretudo três fatores: uma terra praticamente virgem, livre de químicos e de fungos, pois durante muitos anos apenas recebeu cereais de sequeiro; abundância de água para regar quando as plantas mais precisam (ou seja, na primavera e no verão) e, não menos importante, uma exposição solar prolongada, o que acaba por ter um efeito multiplicador na fotossíntese das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos mais saborosos.
Mas há ainda uma grande vantagem comparativa. É que, mesmo em relação a outras zonas do país, Alqueva permite ter produtos nos mercados abastecedores duas a três semanas antes de toda a concorrência. E se a comparação for feita com outros países europeus a vantagem aumenta à medida que se caminha para norte. De Espanha para cima, muitos dos produtos são obtidos em estufas, com climatização artificial, ou seja, com custos energéticos acrescidos considerados avultadíssimos, o que acaba por se refletir no preço final ao consumidor.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/alqueva-bate-recordes-mundiais-de-produtividade-por-hectare=f908819#ixzz3QWMqK43I
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Despovoamento e crise demográfica - João Ferrão
DESPOVOAMENTO E CRISE DEMOGRÁFICA
A "Ideia de Futuro em Portugal" - debate nas "Conferências de Aljustrel" - 2014
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segunda-feira, 16 de junho de 2014
Um milhão de pessoas nascidas em Portugal reside noutro país da União
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A França continua a ser o principal destino da emigração. Era sobretudo para lá que os portugueses fugiam durante a Guerra Colonial |
Os números ainda não reflectem a debandada dos últimos três anos, mas a análise dos censos de 2011 permite perceber, com maior precisão, como gente nascida em Portugal se tem propagado pelo Velho Continente. Em 2011, à volta de um milhão residia noutro país da União Europeia.
É a análise feita por Rui Pena Pires, Cláudia Pereira e Inês Espírito Santo, do Observatório da Emigração, que integra o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa, numa parceria com a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas.
Não há uma revelação. Para já, as estatísticas trabalhadas só permitem afirmar, com precisão, o que tem vindo a ser dito com recurso a outras fontes, explicou Rui Pena Pires, ao PÚBLICO, por telefone. A equipa ainda não dispõe de todos os dados pedidos. Falta-lhe contar a Bélgica, cuja estatística ainda não está disponível. Não conta a Croácia, que ainda não fazia parte da União Europeia (UE), nem a Bulgária, a Lituânia ou os Países Baixos, que por imperativos legais não disponibilizam tal informação.
Os censos, que resultam de inquéritos aplicados entre Março de 2010 e Março de 2011, cifram em 960.551 os nascidos em Portugal residentes noutros 22 países da UE. Os dados estimados da Bélgica indicam outros 28 mil e os dos Países Baixos outros 15 mil, o que atira aquela população para cima de um milhão.
Os investigadores também solicitaram estatísticas aos quatro países da Associação Europeia de Comércio Livre (em inglês: European Free Trade Association). O Liechtenstein não a disponibilizou, a Islândia e a Noruega pouco representam, mas a Suíça tinha 169.458 nascidos em Portugal.
Os seis grandes destinos
França (617 mil), Luxemburgo (61 mil) e Alemanha (75 mil) destacavam-se como velhos destinos. Suíça (169 mil), Reino Unido (92 mil) e Espanha (99 mil) sobressaíam como novos destinos. Nessa meia dúzia de países concentravam-se 98% dos nascidos em Portugal residentes na UE ou nos países associados.
Era no Luxemburgo que os nascidos em Portugal causavam maior impacto. Representavam 30% dos estrangeiros residentes, 12% da população total. O outro país de maior impacto era a Suíça, onde os nascidos em Portugal já pesavam 9%. E, todos os dias, chegam mais ao Grão-Ducado e à federação helvética.
Para perceber a propensão para aqueles dois países multilingues bastará comparar censos. Em 2001, havia 41.690 nascidos em Portugal a morar no Luxemburgo, menos 19.201 do que dez anos depois. Na Suíça, a comunidade ficava-se pelos 100.975, menos 68.483 do que na altura dos últimos censos.
Em termos absolutos, como é sabido, nenhum país bate a França. Era, sobretudo, para lá que fugiam os portugueses durante a Guerra Colonial (1961 a 1974). O país nunca perdeu atracção para os portugueses. A população continua a aumentar, apesar dos incontáveis regressos iniciados com a Revolução de 1974.
Espanha em queda
Antes da actual crise, que voltou a atirar Portugal para os níveis migratórios das décadas de 1960 e 1970, era para a Espanha que os portugueses mais estavam a ir. Houve uma taxa de crescimento de 47% entre 1999 e 2001. Entre 2003 e até 2007, as taxas foram sempre superiores a 30%. Entre 2003 e 2004 alcançaram mesmo os 104%. A partir de 2007, as entradas decrescem a grande ritmo. A estatística mostra que saíram muito mais pessoas do que entraram.
O fluxo para Espanha estava muito associado à construção civil e às obras públicas, recorda Rui Pena Pires. Muitos portugueses viviam num permanente vaivém, como, de resto, é típico acontecer a quem trabalha em obras não muito distantes. Só que a crise, em Espanha, afectou muito o sector imobiliário.
O Reino Unido, sublinha o professor, é o grande destino do momento. De uns censos para outros, os residentes nascidos em Portugal passaram de 36.556 para 92.065. Com o apertar das políticas de austeridade, o número de entradas acelerou: 16 mil em 2011, 20 mil em 2012, 30 mil em 2013.
Para o Reino Unido avançam pessoas com formação baixa, média ou superior. “É aí que que a emigração qualificada tem mais expressão”, diz o investigador. Em 2011, 20% tinham curso superior. Um reflexo da emigração recente, salienta. Ainda não dispõe desse género de dados para todos os países, mas de alguns que ajudam a relativizar: 5% dos portugueses na Suíça e 3% no Luxemburgo tinham pelo menos uma licenciatura.
ANA CRISTINA PEREIRA
16/06/2014 - 08:00
ANA CRISTINA PEREIRA
16/06/2014 - 08:00
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Portugal Terra
Um documentário sobre a Natureza de Portugal que pretende levá-lo numa viagem que vai desde o Gerês a Montesinho, passando pelos picos mais altos da Serra da Estrela e pelos fantásticos rios que percorrem o nosso território. Descubra também o Montado e as Planícies Alentejanas, desça até à Ria Formosa e atravesse o Atlântico para encontrar as Ilhas dos Açores e da Madeira.
Neste documentário ficará a conhecer um pouco melhor algumas das espécies mais icónicas da fauna do nosso país.
Descubra a Natureza dos países de língua portuguesa!
terça-feira, 10 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Extensão da plataforma continental pode tornar Portugal num dos maiores países do mundo
O projeto de extensão da plataforma continental portuguesa, apresentado às Nações Unidas em 2009, tornará, se for aprovado, Portugal num dos maiores países do mundo, com um território marítimo 40 vezes superior ao terrestre com 97% de mar.
«Esta proposta revela uma nova dimensão do território que integra o leito e subsolo do mar além das 200 milhas náuticas», referiu hoje o responsável pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), Aldino de Campos.
Com esta proposta, o território português passa assim a ser de cerca de quatro milhões de quilómetros quadrados, equivalente a 91% da área emersa da União Europeia, disse o dirigente, durante o seminário «Refletir o Processo de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa», na Faculdade de Direito da Universidade do Porto (UP).
Aldino de Campos frisou que a proposta de extensão da plataforma continental, submetida a 11 de maio de 2009, constituiu um marco fundamental no regresso de Portugal ao mar, afirmando-se como uma nação marítima.
"Portugal afirmou, perante o mundo, a sua vontade de exercer os direitos exclusivos de soberania sobre os recursos naturais, existentes no solo e subsolo desta nova zona marítima", realçou.
A apreciação deste processo está a cargo de uma subcomissão, que deverá ser constituída em finais de 2015, e que terá como tarefa fazer avaliações técnicas e recomendações, explicou.
O projeto de extensão da plataforma continental exigiu a aquisição, compilação e análise de dados batimétricos, geofísicos e geológicos para permitir conhecer a profundidade, forma, natureza, geometria e origem do fundo do mar.
Em 2008, Portugal comprou um veículo de operação remota com capacidade de mergulhar a 6000 metros de profundidade -- ROV LUSO -- para aceder aos fundos marinhos e efetuar ações de investigação multidisciplinar.
O responsável pela EMEPC revelou que a recolha dos dados envolveu 1100 dias de navegação, 250 mil quilómetros percorridos e 2,3 milhões de quilómetros quadrados de área coberta.
O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, responsável pela preparação da submissão portuguesa, adiantou que existe no mar uma possibilidade de desenvolvimento futuro.
"Estamos a deixar um legado para as gerações futuras", frisou.
Na sua opinião, os portugueses tem vindo, gradualmente, a aperceber-se da importância de valorizar os oceanos e as zonas costeiras nas vertentes económica, ambiental e social.
No âmbito da missão da EMEPC, Portugal apoiou "países amigos", sobretudo de língua portuguesa, na realização dos processos de extensão da plataforma continental, demarcação de fronteiras marítimas, delimitação dos espaços marinhos e investigação do oceano profundo.
Diário Digital com Lusa
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segunda-feira, 26 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
iGEO lança plataforma online de informação geográfica portuguesa
O Governo português estreou na semana passada um novo serviço na internet totalmente voltado para as temáticas da geografia, natureza, ordenamento e património em território luso. A plataforma iGEO pretende ser o principal repositório de informação geográfica de Portugal, disponibilizando uma grande variedade de dados que, além de poderem ser consultados, podem ser usados para o desenvolvimento de aplicações. Os dados estarão também disponíveis para o desenvolvimento de apps.
O serviço foi apresentado recentemente pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva. No iGEO vai haver informação sobre cartografia, geodesia – estudo da forma e da divisão da superfície -, litoral, natureza, ordenamento e património, de acordo com o comunicado enviado às redações.
O iGEO condensa informações da Direção-Geral do Território (DGT), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). Os serviços da Administração Pública e aqueles ligados ao ensino vão poder aceder aos dados de forma gratuita, enquanto as empresas poderão ter acesso mediante a cobrança de “taxas justas”. Já as organizações não governamentais (ONGs) poderão aceder aos dados com desconto.
A acompanhar o lançamento da plataforma online há também o lançamento de três aplicações móveis que recaem sobre áreas específicas do tema da geografia: iGEO Ordenamento sobre edifícios georreferenciados, iGEO Natureza sobre áreas protegidas e iGEO Patrimônio sobre o planeamento do terreno. As aplicações estão disponíveis para Android.
Para conhecer o iGEO, clique aqui.
Fonte: Sapo
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terça-feira, 18 de março de 2014
Estudo contabiliza 148 tempestades fortes em Portugal no século XIX
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Registos meteorológicos de Marino Miguel Franzini, em meados do século XIX |
O mau tempo não perdoa. As marés “produziram inundações desastrosas na foz do Douro e nas praias de Ovar”. A água avançou com “força espantosa” sobre a Ericeira, arrombando muros. “Há anos que não chega a tão grande altura”. Em Torres Vedras, “em algumas povoações marítimas têm havido sinistros”. Algumas pessoas foram arrastadas pelas ondas. Na Costa da Caparica, os pescadores ficaram mais de um mês sem sustento “porque o mau tempo não os tem deixado pescar”.
Quem lê estas linhas pensa que se referem a este Inverno de 2013-2014, marcado por sucessivas tempestades e um rasto de estragos pelo país. Mas não: são relatos e notícias do século XIX. Houve pelo menos 148 episódios associados a tempestades de vento, segundo um levantamento realizado por investigadores do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
E, em grande medida, são uma cópia do que se continua a assistir no país: inundações nas zonas costeiras, casas destruídas pelo mar, ondas que varrem pessoas, árvores caídas nas cidades, construções afectadas. “As consequências é que podem ser piores, porque a pressão humana agora é maior”, diz Maria João Alcoforado, co-autora do estudo, juntamente com David Marques e António Lopes.
Olhar para as tempestades do século XIX é uma das várias linhas do KlimHist, um projecto envolvendo quatro universidades – de Lisboa, do Porto, de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – que pretende reconstituir o clima em Portugal nos últimos 350 anos. O projecto vai a meio e alguns resultados preliminares são apresentados esta segunda-feira na UTAD.
O ponto de partida é 1645, o ano em que começa um período de actividade solar muito baixa, conhecido como Mínimo de Maunder. Para um passado tão distante, não há senão registos meteorológicos indirectos. Os anéis de crescimento de centenários carvalhos-alvarinhos (Quercus rubor) da Mata Nacional do Buçaco estão a ser analisados para estudar a precipitação desde o século XVII. Descrições feitas por um mercador holandês do século XVIII, Inácio António Henkell, estão a ajudar na reconstituição das cheias do Douro. Há também estudos sobre a evolução da temperatura a partir de furos no solo ou sobre a aplicação de modelos climáticos para simular eventos meteorológicos extremos no passado.
A escala de Franzini
As informações sobre as tempestades de vento no século XIX vêm sobretudo de uma fonte: os registos sistemáticos de Marino Miguel Franzini (1779-1861), um dos pioneiros da estatística e da meteorologia em Portugal. Em 1815, Franzini começou a fazer anotações sobre o clima, a pedido do médico Bernardino Gomes, intrigado com a mortalidade elevada durante os verões. Deixou duas séries de dados, de 1815 a 1826 e de 1836 a 1859, com informações sobre o estado do tempo, a temperatura, o vento, as tempestades.
Os investigadores do projecto KlimHist traçam um paralelo da escala utilizada por Franzini para medir a força do vento com a desenvolvida pelo almirante britânico Francis Beaufort mais ou menos na mesma altura. Beaufort baseou a sua escala no estado “visível” do mar – o tipo e tamanho de vagas, se formavam “carneirinhos” ou se rebentavam, a concentração de aerossóis no ar ou de espuma sobre a água, a visibilidade. Para cada combinação de sinais era atribuído um grau – de 1 a 12 – associado a uma velocidade estimada do vento.
A escala de Beaufort tornou-se muito popular, mas Franzini, embora também servisse na Marinha, não a utilizou. “É estranho que não a conhecesse”, afirma António Lopes, um dos co-autores do estudo. Desenvolveu antes a sua, primeiro com quatro níveis, posteriormente com seis.
Os dados que deixou permitiram traçar, agora, uma primeira cronologia de eventos meteorológicos extremos no século XIX. Juntando outras fontes documentais, como notícias de jornais da época, os investigadores contabilizaram 148 tempestades associadas a ventos fortes nesse período. Três em cada quatro estavam relacionadas com ventos de Sul ou Sudoeste e a maior parte ocorreu nos meses de Inverno (Dezembro, Janeiro e Fevereiro).
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Jorge Malheiros explica a crise demográfica em Portugal
O esquerda.net entrevistou Jorge Malheiros, investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, que faz o diagnóstico da crise demográfica em Portugal e lança propostas para a inverter.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Portugal precisa de conseguir fixar imigrantes para população não diminuir
Portugal precisa dos imigrantes para não perder população e precisa de se esforçar para os fixar no país, defendeu a especialista em demografia Maria João Valente Rosa a propósito do Dia Internacional das Migrações, que hoje se assinala.
"Os imigrantes que chegam a Portugal podem ajudar a atenuar o processo de envelhecimento demográfico", disse a directora do projecto Pordata, uma base de dados sobre Portugal. Maria João Valente Rosa afirmou que o saldo migratório positivo não dá razões para se "ficar descansado" e salientou que "é preciso fazer com que as pessoas que para cá vêm e representam potencial de crescimento, mesmo económico, se fixem e não vão embora para outros países".
No ano de 2009, só o fluxo de imigrantes impediu a população portuguesa de diminuir, uma vez que o saldo natural - a diferença entre o número de nascimentos e mortes - foi negativo, uma situação que só aconteceu duas vezes nos últimos noventa anos, em 2007 e em 1918, devido à gripe pneumónica. O saldo natural é "cada vez mais ténue" para garantir o crescimento da população
Os imigrantes que vêm para Portugal "chegam nas idades activas e também mais férteis, tendem a ter aqui os filhos", referiu, acrescentando que "10 por cento da população activa" é imigrante e que "cerca de 10 por cento dos nascidos em Portugal são filhos de mães estrangeiras". Esta "migração laboral" é também importante em termos demográficos porque "diminui o peso das pessoas nas idades mais avançadas".
Desde 1993 que Portugal "passou, de forma consistente, a ter um saldo migratório positivo, porque entram mais pessoas do que as que saem, o que significa que é um país com uma atractividade especial". De acordo com os dados da Pordata, em 2009 a população estrangeira em Portugal cifrava-se nos 4,3 por cento, muito acima dos 0,5 referenciados em 1980. "Quando olhamos para outros países da União Europeia com os quais gostamos tanto de nos comparar, o que os torna interessantes é também o facto de serem ambicionados por pessoas que vivem em outros países", referiu.
Maria João Valente Rosa não tem dúvidas de que os portugueses "estão mais enriquecidos do que há décadas atrás" por conviverem com "cada vez mais pessoas de origens diferenciadas". Em relação aos emigrantes que saem de Portugal, os dados da Pordata permitem concluir que as remessas enviadas para Portugal representam 1,4 por cento do Produto Interno Bruto, com os emigrados em Angola a assumirem-se como uma parcela importante deste valor.
Apesar de o número de imigrantes aumentar e o de emigrantes diminuir, as remessas enviadas para Portugal ainda representam mais dinheiro do que aquele que sai para os países de origem dos trabalhadores estrangeiros, adiantou ainda.
sábado, 27 de julho de 2013
O perfil de um país segundo a BBC
Perfis completos fornecem um guia imediato da história, da política e da situação económica dos países e territórios do mundo, e de fundo sobre as instituições-chave.
Eles também incluem clipes de áudio e vídeo dos arquivos da BBC.
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