INE-Portugalconcluiu a análise preliminar daquela que é a segunda operação estatística mais cara (16,9 milhões de euros) realizada em Portugal em cada 10 anos: o recenseamento geral agrícola.
Menos área explorada, menos explorações (-27%), com dimensões médias um pouco maiores e maior aposta nas pastagens permanentes em prejuízo da terra arável. Estão são algumas das conclusões sumária do INE. O país agrícola continua atomizado com 75% das explorações com menos de 5 hectares mas com as grandes empresas agrícolas a representarem já 25% da superfície agrícola utilizada. Eis um excerto da publicação do INE-Portugal:
“(…) Caracterização do Produtor: o produtor agrícola tipo é homem, tem 63 anos, apenas completou o 1º ciclo do ensino básico, tem formação agrícola exclusivamente prática e trabalha nas actividades agrícolas da exploração cerca de 22 horas por semana. O seu agregado familiar é constituído por 3 indivíduos e o rendimento provém maioritariamente de pensões e reformas. (…)Nas empresas agrícolas constata-se que:• A dimensão média é de 142 hectares de SAU, 12 vezes superior à média nacional;• A idade média do dirigente da exploração é de 50 anos, 12 anos mais novo do que a média nacional;• Cerca de 40% dos seus dirigentes têm formação superior e destes, metade possuem habilitações específicas nas ciências agrárias;• Empregam cerca de 30 mil trabalhadores, ou seja, 2/3 da mão-de-obra agrícola assalariada com ocupação regular;• Apenas utilizam 3,5 UTA por 100 hectares de SAU, enquanto que a média nacional se situa em 10 UTA por 100 hectares de SAU;• A utilização dos tractores é mais eficiente, dado que, para explorar 100 hectares de SAU apenas é necessário 1 tractor, enquanto que em média são necessários 5 tractores.“
Os dados definitivos estão prometidos para Maio de 2011, nessa altura abordaremos de novo o tema.
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