domingo, 22 de abril de 2012

É na Terra não é na Lua...


 O retrato que Gonçalo Tocha faz da pequena ilha do Corvo convenceu o júri do Buenos Aires – Festival Internacional de Cinema Independente (BAFICI), de onde o documentário É na Terra Não é na Lua, do realizador português, saiu vencedor este sábado na categoria de Cinema do Futuro.

Depois de uma menção especial no Festival de Locarno e da consagração nacional no DocLisboa, em Outubro, o reconhecimento do longa-metragem na 14.ª edição do festival argentino acontece numa altura em que o filme tem assegurada a exibição em dezenas de festivais internacionais.

Segundo o site do festival, para o vencedor da secção Cinema do Futuro, da categoria Direitos Humanos, o canal I.Sat oferece “15 mil dólares [cerca de 11,3 mil euros] pela compra dos direitos para TV e pelo prémio de incentivo ao realizador”.

Na mesma categoria na qual É na Terra Não é na Lua foi distinguido, recebeu uma menção Ok, Enough, Goodbye, o primeiro filme da libanesa Rania Attieh e do norte-americano Daniel García.

Na Selecção Oficial Internacional do BAFICI, o prémio de melhor filme foi atribuído a Policeman, do israelita Nadav Lapid, que venceu ainda o prémio de melhor realizador.

Germania, do argentino Maximiliano Schonfeld, recebeu o palmarés Especial do Júri. Na Competição Internacional, a distinção de melhor filme argentino foi para La araña vampiro, de Gabriel Medina.

Gonçalo Tocha esteve em Janeiro em Nova Iorque a mostrar É na Terra Não é na Lua, filme-ensaio que começou a rodar em 2007, quando seguiu para a mais pequena ilha açoriana com um operador de câmara e um técnico de som para descobrir aquele pedaço de terra, onde só terminaria as filmagens em 2009.

O documentário é a segunda longa-metragem de Gonçalo Tocha – e a primeira com estreia comercial em Portugal, meses depois da atribuição do prémio máximo do DocLisboa 2011, no qual o cineasta foi o grande vencedor.

Para além de realizador, Gonçalo Tocha é conhecido pelos telediscos para o grupo Deolinda e pelo auto-intitulado “Cantor Romântico Abandonado”, o seu “alter-ego” Gonçalo Gonçalves.



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